segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Umas vezes por cansaço, outras vezes por falta de palavras para conseguir expressar-me, outras vezes por preguiça mental, numa semana que aconteceram tantas situações que me deixaram a tremer, não fui capaz de escrever uma única linha aqui. Não por não ter opinião, que a tenho. Mas também tenho tido um turbilhão de emoções que me têm feito companhia nas últimas semanas, que me têm deixado a alma (mais) inquieta. E quando isso acontece, mergulho para dentro e nado profundamente até ao interior à procura de respostas e sossego. E não sai nada cá para fora. Muito menos palavras. Já os pensamentos, são à catadupa. 
Estar numa fase de introspecção e, ao ligar a televisão, ter conhecimento que há uma criatura que se auto-intitula como cavaleiro templário e acha que lhe assiste o direito de matar dezenas de pessoas pela única razão de que «era necessário», causa-me arrepios e uma grande vontade de vomitar. 
Passar dias inteiros a pensar como aplicar o meu projecto de vida, limar arestas, ajustar expectativas e, ao ver um programa de entretenimento, leio em rodapé que uma das cantoras mais talentosas do século XXI, com uma voz inesgotável, com uma veia artística maravilhosa morre, por causa de más escolhas umas atrás das outras, e despreza o dom que nasceu com ela, faz com que cresça em mim uma grande irritação pelo desrespeito à vida.
Portanto no meio disto tudo, prefiro mesmo é estar calada. Porque é tão fácil ser mesquinho com as pessoas, mesmo até com quem gostamos, e depois vem a vida e vira tudo, ou a morte que leva tudo...


P.S. Tendo opinião própria, mas acreditando que ainda há muita gente que sente com o coração da mesma forma, é isto que sinto. Em http://apipocamaisdoce.clix.pt/  

...

Odeio funerais. Nunca na vida me vai custar menos ir a um funeral. E, que Deus me perdoe, acho todo o ritual à volta de uma morte terrivelmente mórbida.
As 24h que se passam desde a chegada do caixão, que fica em câmara ardente, até ao enterro quase sempre com o caixão aberto é demasiado violento. Acho um esticar de uma situação, que acaba por não servir especificamente para uma despedida, mas para uma tortura psicológica para quem perde a pessoa mais importante da sua vida. É um arrastar de rezas, de choros, de gritos. É um corpo que é só mesmo isso, corpo, que merece respeito e dignidade e que, ao meu ver, estar exposto durante tantas horas dentro de um caixão aberto não lhe dá a dignidade merecida. Reconheço que é um tema que é muito melindroso falar, e que muitos acharão a minha opinião desrespeitosa, mas é a minha. Nunca me vou habituar a este ritual. Não gosto. Não concordo.

Mas a ti meu querido tio, que foste ter com a visa-avó Brízida, sei que sabes que todos gostamos muito de ti e, eu em especial, vou sentir muitas saudades das noites de verão, no terraço da avó, a rir-me muito com as tuas ideias deliciosamente teimosas.


sexta-feira, 15 de julho de 2011

Do Ministro das Finanças


Sou, desde ontem, uma admiradora do Ministro das Finanças. Não tanto pelo corte do subsídio de Natal (apesar de ser necessário), mas pela calma, serenidade, educação, respeito, cordialidade e dignidade que teve e tratou todos os jornalistas na conferência de imprensa, bem como todos os cidadãos que o estava a ver. A disponibilidade de uma hora para responder a todas as perguntas, em directo, sem serem escolhidas, a que deu respostas claras e sem subterfúgios, deixou-me muito esclarecida enquanto telespectadora. O agradecimento individual a cada pessoa que lhe colocava questões e a maneira educadíssima com que tratava quem o interpelava, valeram-lhe o meu respeito e, estou certa, de muitas pessoas que já estavam fartas de autoritarismo.
Numa sondagem feita ontem, foi admitido por mais de metade dos Portugueses que não só aceitam o imposto de 3,5% como o acham boa ideia. Em termos técnicos não posso ter opinião, porque não tenho conhecimento na área, mas sei que pela forma como foi explicado e pela a atitude da parte do Ministro das Finanças, foi essencial para a aceitação da medida. 
Pela primeira vez vi na televisão um esclarecimento realmente esclarecedor, com uma atitude respeitosa como nunca tinha visto, desde que me lembro de assistir a debates e conferências de imprensa. O que antes era arrogante e parecia uma praça de touros, agora tem a dignidade que uma República e Democracia merecem. E assim, a bem, Portugal vai lá. Aleluia!!

(Des)Amizades

Não é preciso ser a Paula Bobone para se ter noção que quando se é anfitriã de uma festa, é de boa educação dar-se atenção a todas as pessoas. Partindo do princípio que entre a pessoa que convida e os convidados existe um sentimento de afectividade, acho de muito mau gosto em que durante a festa não se dê o mínimo de atenção a uma pessoa, ao ponto dessa pessoa se sentir a mais na festa. Quando um convidado tem vontade de se vir embora do sítio, porque se sente desconfortável e completamente a "nadar" no meio do acontecimento, a única coisa que me passa pela cabeça é que a pessoa que convidou o que gosta é de fazer número. Porque na prática dá atenção a um grupo de três ou quatro, que deve ser o grupo da moda no momento, e as outras pessoas que convidou, que foram pelo carinho e, essas sim, pela amizade, se calhar mais valia não terem ido.
Acho que acontece com todos, à medida que o tempo passa, as pessoas afastarem-se mais de umas pessoas que outras, deixar cair algumas relações que antes eram mais próximas ou até estreitarem laços com alguém que antes não tinham afinidade. O que me incomoda mesmo, são aquelas pessoas que tratam a Amizade por modas. Ora hoje é muito amiga deste, amanhã é muito amiga daquele, para a semana é a melhor amiga de alguém que conheceu à três dias e já não se largam, e vai assim somando pelo caminho pessoas que vão sendo usadas conforme os gostos. Claro que há sempre uma ou outra constante. Mas o desprendimento com que larga uma pessoa, a leveza como desfaz um grupo, a arrogância como decide quem continua a fazer parte do mesmo grupo ou não, a manipulação de pessoas, o desinteresse da tristeza que provoca à pessoa que foi posta de parte do dia para a noite sem nunca ter decidido coisa alguma. Com que direito se desfazem memórias, vivências, horas e horas de ajuda, de conselhos? 
Os da psicologia dir-me-ão que são pessoas muito carentes, que precisam de muita atenção, que abandonam as outras pessoas para elas não serem abandonadas ou desiludidas. Uma merda, é o que é. Porque estamos a falar de pessoas lúcidas, que se não gostam de ser abandonadas, não deviam abandonar. E a facilidade com que cortam laços, não querem carinho, querem é ser o centro das atenções. E, pessoas com estas atitudes a mim irritam-me. E vai daí, por estar fartinha de perceber e desculpar, há um dia que se corta o mal pela raiz. Há-de acontecer o mesmo a quem aceita convites para se sentir um peixe fora do aquário.

Na agricultura


Desde pequena que planto couves e apanho batatas. Para grande alegria dos meus avós transmontanos, sempre adorei meter as mãos na terra e lavar os pés numa mangueira. Coisa que só acontece quando lá estou, porque convinhamos que morar em apartamentos, o único quintal que se pode ter só se for de cimento onde fica a varanda. Ora que vai daí, sempre que o namorado me pede ajuda para fazer coisas no quintal da casa dos pais eu, que sou uma fixe, digo logo que sim. Então ontem fui plantar Mirtilos. Não foram plantados directamente na terra por ainda não estar lavrada, mas arranjou-se um esquema num grande tubo e foram plantados lá. Foi-me explicado tudinho o que deveria fazer e em menos de nada pus tudo como deve de ser. Só couberam vinte, ainda faltam oitenta. Fiquei orgulhosa de mim, quando olhei para o tubo de quase três metros, e constatar que fui eu que plantei aquelas pequenas raízes. Dava era um jeitaço se o filho-da-mãe deste vento e frio se pusessem a andar depressinha e o verão voltasse. Seria uma agricultora de cabelos soltos e mãos na terra, muito mais feliz. Ao invés de cabelos nos olhos e terra nos dentes!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Plano de Treino- 10km

Eu sou uma gaja molenga, que sou. Primeiro que arranque é uma vida. Arrasto-me, invento desculpas e, por mais vontade que tenha de fazer alguma coisa, quando chega a altura, assola em mim uma preguiça maior que o meu rabo. E é por isso que, desde que comecei a ver o Biggest Loser, dizia que queria uma Jillian só para mim. Porque só uma voz forte, mandona, quase a puxar-me pelos cabelos, é que me arrancaria do sofá e me punha a queimar este tecido adiposo que começa a acumular-se por cima dos meus abdominais. Às vezes, na brincadeira, dizia ao namorado que ele devia fazer o papel da Jillian na minha vida. Longe de mim que ele alguma vez levasse a brincadeira a sério.
À uns meses atrás, vi no blogue d'A Pipoca Mais Doce um plano de treino para correr 10km ao fim de quatorze semanas. Eu que sempre gostei de correr, apesar de não ter grande resistência, decidi imprimir o plano e pedir ao namorado que viesse comigo. No fim do terceiro dia só me passava pela mente «onde é que eu tinha a cabeça para lhe pedir a ele que treinasse comigo?!» Sempre que me apetecia desistir gritava comigo, sempre que eu tentava refilar ele mandava-me calar, eu bem que tentava fazer uma cara de desgraçadinha do tipo «ah e tal, dói-me aqui, não sei se aguento, o coração ainda se passa, blá, blá, blá» ele não me ligava nenhuma. Correu ao meu lado, contou os segundos ao pormenor, nunca me deixou descansar mais que um minuto nos intervalos e se me via a abrandar empurrava-me. Pôs-me de língua de fora e a arfar como se estivesse a treinar para os jogos olímpicos. No primeiro dia, já estava eu a recompor-me do cansaço, quando chegámos a casa e ele manda-me deitar no chão para fazer abdominais. Perguntou-me quantos queria fazer, e eu armada em parva, em vez de me fingir de morta, comecei a dizer que fazia noventa porque era isso que fazia no ginásio. Devia ter desconfiado do sorriso dele, quando me respondeu "então começa, mas faz assim..." Bem que me lixei, porque cheguei ao terceiro abdominal e toda eu gemia e gania. Resposta dele: "bem me pareceu que esses noventa não eram lá muito bem feitos." E pumba. É assim que se arruma com a capacidade de resposta duma pessoa, em que se fica reduzida a tanto cansaço que só se pensa «é melhor fazer isto caladinha, a ver se não piora.» 
Resumindo, tenho aqui um homem para vida, determinado, que leva tudo em que se mete com muito empenho (o que por saber disto tão bem podia ter escolhido outra pessoa para me treinar...ou então não), que nunca me deixa desistir em circunstância alguma. Eu é que tenho muito pouco espírito de sacrifício, mas isso já são outros quinhentos. E em relação às corridas daqui a dois meses, conversamos, se não me der o badagaio até lá.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Coldplay- Alive'11

Ainda estou perdida de sono e, por isso, ainda não consigo escrever o que me vai no coração sobre o espectacular concerto dos Coldplay, no Alive. Deixo aqui só o vídeo de uma das minhas músicas favoritas que me fizeram saltar as lágrimazinhas. Que isto de ouvir o Chris Martin à minha frente, a cantar a Fix You, acompanhado por fogo de artifício, é uma emoção muito forte.


terça-feira, 5 de julho de 2011

Constatações


As preocupações, na idade adulta, fazem cabelos brancos. E já lá vão quatro!

Primeiras peças a entar no armário- Verão 2011 # III

Ai que hoje já vi umas três peças que trazia de muito boa vontade pro meu armário. Dois vestidos e um top que me ficariam tão, mas tão bem. Mas como eu fiz a promessa de não  trazer nada para casa com valor superior a doze euros, ou as peças baixam, ou eu ganho o euromilhões logo á noite, ou ficam na loja.
De qualquer forma ainda trouxe mais três comprinhas hoje para casa. E tudo por menos de 15 euros. Ah pois é, que eu sou uma cachopa poupadinha, para não dizer forreta, a tentar manter-me longe da pobreza que, de vez em quando, assola a minha conta bancária.
Túnica da Lefties

Camisola da Stradivarius
Saias e Calções Stradivarius
Vestido Mango

domingo, 3 de julho de 2011

Primeiras peças a entar no armário- Verão 2011 # II

Com as promoções com mais de 50% que aí andam, quando os saldos começarem já nem vale a pena ir às lojas. Os centros comerciais estão à pinha, as lojas estão viradas do avesso, há peças que se vendem como água. 
Na sexta-feira vi uma camisola giríssima por volta de trinta euros, e como achei cara não a trouxe. Hoje voltei à loja para ver outras peças e quando reparei no sítio das camisolas sobravam duas de tamanhos enormes. As camisolas estavam a doze euros!! Voaram. Sumiram-se. Eu é que tive o azar de ir cedo de mais e, depois, tarde demais. 
Continuo a namorar as duas peças da Quebra-Mar mas ainda estão demasiado caras. E fiquei-me por:
- Dois calções, um de ganga e outros preto de tecido;
- Duas mini-saias, uma de ganga e outra azul e branca, de tecido;
Ainda queria algumas coisas, mas isto tem de ser tudo muito controlado.

Feira do Mirtilo

Ontem passei a tarde aqui. É a 3ª edição e sinceramente, nunca lhe tinha dado grande importância, até este ano. A Feira do Mirtilo começou na sexta e eu fui lá passar a tarde de sábado. Uma desgraça de coisas boas. Não havia barraca por onde passasse que não quisesse trazer de lá alguma coisa. A começar pelos doces, pelos licores e por t-shirts tão lindas, queria tudo o que via. 
Para começar, comi a melhor tarte de mirtilos de todo o sempre. Se a pastelaria que a fornece fosse pertinho da minha casa, ficaria uma lontra em dias. Mas não se fica pela tarte, porque o mirtilo parece que faz os melhores doces do mundo. Ele é tarte de mirtilos, gelado de mirtilos, batido de mirtilos, cheesecake de mirtilos, pão de mirtilos e até provei, num workshop de culinária, rissóis com creme de mirtilos. Ah, e a sangria de mirtilos é de longe, a melhor sangria que já provei até hoje. 
Na hora de vir para casa, e depois de um batido me ter acompanhado o lanche, ainda trouxe para casa uma caixa com fatias de tarte -arrependidíssima de não ter trazido uma tarte inteira-, brioches com recheio de mirtilos, uma compota, dois pacotes de infusão de chá e uma garrafa de licor. Como vêem foi uma tarde onde tratei muito bem o meu estômago e os meus triglicéridos estão fartinhos da bater palmas com tanto açúcar. Mas era tudo irresistível e é por isso que eu vou levantar este rabo do sofá neste momento e saltar para cima de uma bicicleta. Ora então, até loguinho. E se estiverem por perto, vão lá provar por vocês mesmos.

Fotografia retirada do site

Fotografia retirada do site

Fotografia retirada do site

Quero

Sou uma rapariga completamente rendida a todos os vestidos e casacos da Kate Middleton. Apesar de não ter propriamente uma vida social à altura destes vestidos, é que não me importava mesmo nada de ter o armário da Duquesa de Cambridge cá em casa.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Primeiras peças a entar no armário- Verão 2011

Primeiro dia às promoções:
- um casaco da Stradivarius 
- um soutien da Women's Secret;
- vários namoros a duas túnicas da Quebra-Mar;
- uns olhares a uma saia na Mango.

Vamos lá ver os próximos episódios...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Árvore da vida


A semana passada fui ao cinema ver a Árvore da Vida. E só estou a falar sobre isto agora, porque o filme tem estado em banho-maria dentro da minha cabeça. 
Não vou dizer que o detestei nem que o adorei, porque nenhuma das duas opções é verdade. Primeiro de tudo assumo que me faltou preparação de espírito e mente para o ver. Quando decidi vê-lo conhecia a história por alto, mas estava longe de saber quem era o realizador e o que me esperava. Desde que saí daquela sala que tenho vindo a absorver informação, que de vez em quando penso em cenas do filme. É como se todos os dias se entranhasse um bocadinho. Mas assumo que estou longe de perceber tudo o que vi. 
Pode-se dizer que é um filme religioso, filosófico, que a abordagem que faz da vida tem tanto de complexa como de fascinante. Mas também se pode dizer que é demasiado em muitas cenas, muito longo, um pouco exagerado nos silêncios. É um filme ambíguo. Quando se entranha, faz pensar. Mas perturbador quando se pensa muito. 
Confesso que saí do filme meia aluada. Defraudada pela minha escolha. Não pelo filme que era, mas porque não era o tipo de filme que me apetecia ir ver. O bichinho ficou cá dentro e, quando cheguei a casa, liguei o computador á procura de críticas ao filme. Fiquei triste depois de ler tantas opiniões positivas, porque senti que não tinha tido capacidade suficiente de entender e captar as mensagens certas. Fiquei a pensar nisso, e á medida que ia lendo, ia visualizando algumas das cenas e, realmente, fazia sentido a crítica com a imagem. É óbvio que não percebi tudo, mas ficou a vontade de o voltar a ver. Uma coisa é certa, o actores estão incrivelmente bem. Do mais veterano ao mais novo. Entranhou-se. Talvez na segunda vez que o vir, aí sim possa formar um opinião definitiva. Até lá tenho o filme aqui às voltas. Em banho-maria.

terça-feira, 28 de junho de 2011

A vida num 8

 
A vida pode ser vivida de duas maneiras: ou de se's ou de decisões. E quando tomamos decisões e ficamos com os se's na cabeça? 
Ser uma pessoa profundamente existencialista e complexa como eu, não há quase dia nenhum que não ande com a cabeça ás voltas. Às vezes nem é por estar insatisfeita com a minha opção, mas a minha necessidade de me pôr a viajar na maionese é tanta, que é rara a vez que eu não dou comigo a pensar «se tivesse tomado aquela decisão como estaria agora?» De vez em quando faço essas perguntas ás minhas amigas e a resposta delas é rirem-se e responderem-me «não, nem penso nisso». 
Serei só eu que me fascino com o poder de uma decisão, com a simplicidade de se levar a vida ou para a direita ou para a esquerda, de enveredar por um caminho que podia ter sido outro qualquer? 
Pessoalmente não demoro muito a decidir. Sou mais de sentir e, quando sinto que não estou bem como estou, mudo. Mas também não me considero de todo impulsiva. Quando estou nas coisas balanço muita vez, e volta e meia fico medrosa, mas de modo geral acerto no que quero. Não tenho medo de decisões difíceis. Se vejo que é por ali vou em frente, o pior é quando me assalta o medo de falhar e acabo por fazer asneiras e atrasar aquilo a que me proponho. É mais ou menos como se tivesse a certeza que é por ali, mas depois o medo de falhar aparece, faço asneiras que me atrasam, mas nunca saio. Uns chamam-me perfeccionista, mas na realidade, a minha luta é ser equilibrada. Não sei se lhe chame luta ou filosofia de vida, mas pelo menos é por aqui que me quero sempre reger. Tento ser sempre metade com pés na terra, metade com a cabeça a sonhar. Mais ou menos como o número oito, se for bem desenhado. Centrado, com a parte de cima simétrica à parte de baixo. Claro que a minha bola de cima às vezes levanta voo, outras vezes a parte de baixo está tão presa á terra que se enterra. Sou eu. Um oito. Mais ou menos bem desenhado...às vezes!


Estou um bocado impressionada com a morte do rapaz dos D'zrt. Apesar de ter noção que todos os dias há casos destes nos hospitais, e que grande percentagem dos doentes que param nas mãos dos fisioterapeutas são vítimas de acidentes de viação, acompanhar um caso destes ao pormenor (como a comunicação social faz questão de o fazer) e de viver esta expectativa de ora está morto ora ainda não está, é uma coisa horrivelmente angustiante. Numa tragédia tão terrível como esta, não se podendo falar em preferências, não sei se não seria melhor a pessoa falecer duma vez, do que obrigar uns pais a assistirem ao desligar de um aparelho que, aos olhos deles, é o que mantém vivo o filho.
É uma merda é o que é. E quanto mais se cresce mais noção se tem da mortalidade. E se eu, quanto mais velha estou mais medricas fico, se em vésperas de férias mal durmo e fico extremamente ansiosa quando tenho de fazer viagens grandes, acho que agora pior fiquei. Isto é de uma violência incalculável!

terça-feira, 21 de junho de 2011

So true

Principalmente «...two people who truly want to be together»

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Vacaciones

@Barceloneta- Barcelona' 08

As minhas férias ainda estão tão longe que mal as vejo. Sabe Deus o que tenho sonhado com elas. Os dias já estão mais ou menos certos, o sítio é que ainda não. Este ano o orçamento está bem mais reduzido que o ano passado, e é se queremos fazer a viagem que estamos a pensar para o ano, mas a vontade de irmos para um sítio longe de casa é muita. É que ando mesmo com vontade de passar a fronteira e ir espreitar Barcelona de quem tenho tantas saudades. Só que se por um lado me derreto a olhar para as fotografias de há três anos atrás, por outro, só me lembro das contas de sumir dos próximos meses. E depois dá nisto, a querer ir mas sem saber se devo ficar! Vou ali pensar na vida e já venho...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ciclovias- Ecopista Sever de Vouga



Vocês ainda não sabem, porque eu também ainda não disse, mas uma das minhas prendas de anos foi uma bicicleta. Cor-de-rosinha e fofinha que só ela. Mesmo à menina. Falta só pôr-lhe um cestinho à frente e fica um mimo. Escusam de estar a franzir a testa e pensar que é pirosa, porque é. Eu sei. Fui eu que a escolhi. E era mesmo uma bicicleta à menina e toda catita que eu queria. Porque já que era para pedalar até cair para o lado, há que dar feminilidade à coisa. 
Ora pois que na última sexta feira foi o dia de a estrear convenientemente. Já tinha dado umas voltinhas com ela, mas nada de sério. Como eu e a minha pessoa, descobrimos umas ciclovias aqui perto, no meio da natureza, decidimos meter as bicicletas em cima do carro e ir investigar. O percurso são 6km para cada lado, sempre no meio da natureza, pertinho do rio vouga, com direito a passarmos em túneis fresquinhos e com fontes de água pelo caminho. A cada km existem placas a sinalizar em que parte do percurso estamos e a paisagem é tão linda que o percurso faz-se num instante. Foram 12 km muito bem passados, que a partir desse dia declararam guerra ao começo da minha celulite e ao princípio da flacidez do meu rabo. E exercício assim, por boas causas, boas vistas e boa companhia, não custa nada! Para a próxima tiro fotografias, por hoje fica o site a quem quiser espreitar. Pode ser que nos encontremos por lá!

Happy Birthday


Hoje a minha pessoa faz anos. E eu sei que ele não gosta de ser exposto, que não gosta que fale dele aqui, mas hoje é especial. Se este é o sítio onde o meu coração escreve, é humanamente impossível eu não falar de quem alegra a minha vida todos os dias, de quem me ensinou a ser uma pessoa melhor, de quem é a outra metade do meu projecto de vida, de quem me faz rir, de quem me desliga o complicómetro. Hoje o dia é dele e eu vou dedicar-me a fazê-lo muito feliz... pela vida fora. E entretanto vou ali para a cozinha fazer o bolo de bolacha que ele tanto gosta. 

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Tenho muito para escrever mas desde sábado que estou assim. Quando os olhos pararem de chorar à frente do computador e quando conseguir utilizar as mãos para mais do que espirrar e assoar-me, prometo que volto!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

I'm a sensitive person


Sou uma gaja sensível. Sou e nem sou eu que o digo. Vou à esteticista ela diz-me que tenho que hidratar a pele que é muito sensível. Vou fazer uma limpeza de pele, dizem-me que tenho que usar protector solar factor 50/60 porque tenho a pele da cara sensível, vou ao dentista diz-me que tenho que usar pasta com muito flúor porque tenho uns dentes sensíveis. De vez em quando ando em modo grávida, porque tenho um estômago sensível. Arre, como é que a minha mãe e o meu namorado não hão-de gozar comigo e estarem-me sempre a chamar florzinha de estufa.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Green Shoes

Que nunca pensei que algum dia fosse comprar uns sapatos verdes e pior, que os ia adorar!!

As minhas séries e um ferro de passar roupa


Não há nada como despachar uma pilha (enorme!) de roupa para passar a ferro e, ao mesmo tempo, pôr os últimos episódios das séries preferidas em dia. Foram preciso dois episódios inteiros de Clínica Privada, mas até que passou num instante e assim não custa nada fazer tarefas domésticas chatas.
Por falar em séries... não achei piadinha nenhuma, mas nenhuma mesmo, ao final da Anatomia de Grey! Quem me conhece sabe que a Anatomia é a minha série, portanto é muito fácil idolatrar tudo o que a Shonda Rhimes faz, mas neste caso achei tudo muito pro coisinho, que é como quem diz, sem grande piada. É que fiquei mesmo desconsolada. Por outro lado, o final de Irmãos e Irmãs estava a pensar que iria terminar em grande tragédia e suspense, e acabou tudo em festa da forma mais feliz possível. Quer dizer o quê? Que já não volta? De qualquer maneira, à excepção da Clínica Privada, acho que a Anatomia e Irmãos e Irmãs, nesta última temporada, ficaram um pouco desvirtuadas daquilo que era a essência das suas histórias.
Isto é que dá ser consumidora fortíssima de séries, começasse a ficar muito crítica e muito exigente. Agora vou ter que arranjar mais séries, porque para a semana há-de aparecer mais roupa para passar!

domingo, 5 de junho de 2011

Legislativas


 Pela segunda vez estive mais de dois minutos a olhar para o boletim de voto com a mesma sensação de falta de escolha. Andei durante semanas a pensar nos prós e contras de cada um dos cinco maiores partidos, andei muito balançada e nem mesmo ser Socialista convicta desde sempre, me trouxe algum alento. Porque também este partido estava praticamente fora de questão. Ontem à hora de jantar, depois de ouvirem a minha opinião, perguntaram-me "então vais votar em quem?" Foi uma boa pergunta, tão boa, que hoje a caminho das urnas ainda estava por responder!
Ganhe quem ganhar não gosto, não quero, não confio. Tenho a mesma opinião de um entrevistado que ouvi à umas semanas que disse "as pessoas competentes e com conhecimentos para gerir este País não estão ligados a partidos nenhuns, nem oportunidade têm para governar." E é pena. Porque este País tem estado extremamente mal dirigido, e continuo a acreditar que a partir de hoje vai continuar a estar!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Se a PSP não dá o exemplo... who cares?

Alguém me pode explicar qual é a função exacta da PSP, para além de fazer operações STOP ao pé dos bares e discotecas? Eu explico de onde vem a minha dúvida. 
Então é assim: há uns dias escrevi aqui que as pessoas deste portugalzinho são pouco amigas do civismos porque, em frente ao sítio onde trabalho, estacionavam carros nos lugares reservados a pessoas com deficiência. Ora como era frequente haver carros esmurrados, por haver pessoas a quererem estacionar em sítios onde não cabia uma lambreta, a câmara reforçou as linhas do estacionamento e alterou os espaços para os carros. Pôs dois lugares grandes para deficientes, marcações para motociclos e acabou com o estacionamento para os outros carros. Até aqui tudo muito bem. Hoje reparei que as pessoas quando chegam continuam a não respeitar as sinalizações, que estacionam nos lugares dos deficientes, sem o ser, e até estacionam em cima das marcações para os motociclos, não deixando quase espaço nenhum para estes. Até aqui nada de novo em relação ao civismo. O que me espantou mesmo, mesmo, era isto acontecer em frente a dois polícias da PSP que estiveram toda a manhã naquele local, a três metros do estacionamento em causa e nada fizeram. As pessoas vinham, estacionavam em cima de faixas amarelas, em cima do estacionamento para as motas, ocupavam os lugares dos deficientes e os dois senhores agentes continuavam a conversar animadamente um com o outro. De vez em quando iam até ao fundo da rua, para esticar as pernas, depois voltavam ao mesmo sítio e continuavam a estar totalmente desinteressados nas transgressões que eram feitas à frente dos seus olhos. Portanto precisava mesmo que alguém me informasse quais são as funções destes senhores, ou se calhar as multas de estacionamento acabaram e ninguém me disse nada. Ou então não. Hoje tive só apenas a infelicidade de conhecer duas pessoas que deviam ser, acima de tudo, pedagogas, e afinal só são incompetentes!

Sunshine




E é assim que se comem gelados com muuuuuuuuuuiiiiiita vontade, numa bela esplanada, depois de um passeio à Feira do Livro. Entretanto tenho que ensinar a minha mamã a não se lambuzar desta forma!! :-)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mais um problema resolvido


Mas quando é que eu aprendo a não sofrer por antecipação?! É que as coisas raramente são tão complicadas como eu as pinto. E eu, burra, que já devia ter aprendido isso à não sei quanto tempo, continuo a cair no mesmo erro e a esquecer-me de respirar! Que raiu de mania de me meter em alhadas por adiar situações por medo, que depois quando as resolvo penso: "era só isto?"

terça-feira, 31 de maio de 2011

Missão Possível

Através da página do Facebook de uma amiga tive conhecimento deste projecto. Conhecendo a minha amiga como conheço sei o quão empenhada há-de estar para conseguir tudo o que seja necessária para levar esta missão a bom porto. Sei que a Tulipa é lida, por pessoas que ambas conhecemos, mas tendo o número de visitas aumentado consideravelmente, aproveito para pedir aos meus leitores que espreitem o Blogue Missão Possível e contribuam da forma como poderem.
É um projecto que gosto particularmente porque eu própria, a alguns anos atrás, gostaria ter estado inserida num. Não houve oportunidade, mas espero um dia fazê-lo!
A vocês, Voluntárias, desejo-vos aquilo que se pode desejar a quem tem um enorme coração: muito amor para dar quando chegarem ao terreno!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

28 e um Cubo Mágico!

E o meu dia está a terminar. Acho que nunca passei um aniversário tão introspectivo como este. Chegar aos vinte e oito foi um misto de sensações. Por um lado consegui quase tudo a que me propus, por outro imaginava a minha vida, com esta idade, diferente do que é. Não que seja má, longe disso, mas ainda não me sinto realizada. E gerir expectativas já é difícil, então quando se trata do nosso projecto de vida fica mais complicado. Pela primeira vez quis adiar os meus anos até sentir-me mais realizada, mais completa, mais serena só para entrar na nova idade de coração mais tranquilo. É que me está mesmo a custar ajustar os meus sonhos à minha realidade. 
A vida muda, o nosso mundo altera-se e as pessoas que faziam parte dele, aos poucos, vão deixando de o fazer. Os vinte sete foi a tomada de consciência, a zanga, a incompreensão, a luta, a triagem, a aceitação. Admito que foi custoso adaptar-me a um crescimento em que tive de tirar os óculos cor-de-rosa da cara, aceitar que as vontades, os sentimentos, as opções de quem gostamos mudam e que nós mudamos também juntamente com as nossas vontades, sentimentos e opções. Deve ser por isso que as pessoas só estão na nossa vida por um determinado tempo e que, maior parte das coisas na vida, são passageiras. Mas por outro lado houveram pessoas que entraram directamente pela porta do coração, que muito o aqueceram. E a essas pessoas, um sincero obrigada! Não por terem entrado, mas por terem querido ficar e ajudar-me neste ano difícil que passou. De formas pequeninas e muitas delas, aos vossos olhos invisíveis, tiveram um papel muito importante.
E pronto, por hoje é isto. Sinto-me mais ou menos como um cubo mágico: sei que tenho todas as cores que batem certo, mas neste momento ainda estou toda trocada. Ainda não descobri é se a vida é a eterna tentativa de pôr as cores todas no lugar certo, ou se tem tudo que bater certo para viver a vida!
Eu sei, isto hoje está confuso... como eu!